Coluna Litúrgica
Os Símbolos na Liturgia
Os Símbolos na Liturgia
A Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia "Sacrosanctum Concilium" descreve no nº 07 a liturgia como o "exercício do sacerdócio de Jesus Cristo... mediante os sinais sensíveis". No nº 59, a mesma Constituição diz que "os sacramentos ... enquanto sinais... não só supõem a fé, mas a seu modo, a alimentam, a robustecem e a expressam por meio de palavras e coisas". No nº 33 se diz: "os mesmos sinais visíveis que usa a sagrada liturgia foram escolhidos por Cristo ou pela Igreja para significar realidades divinas invisíveis". No número seguinte lemos: "os ritos devem ser breves, claros, evitando as repetições inúteis, adaptados à capacidade dos fiéis e, em geral, não devem ter necessidade de muitas explicações".
O símbolo ajuda ao homem a explicar o mundo, sobretudo o mundo espiritual. Dirige o espírito ao desconhecido, o inexplicado e, talvez, o inexplicável. Também o entendimento tem esta missão. Mas, muitas vezes, o conhecimento simbólico vai mais além daquilo que só pode ser captado através de conceitos e afirmações racionais.
O símbolo tem uma função mediadora entre o consciente e o inconsciente, entre o espírito e a matéria, entre a natureza e a cultura, entre o sonho e a realidade, entre a terra e o céu.
O símbolo une. Leva da dispersão à unificação, do vazio à plenitude, do superficial à profundidade. O símbolo forma e sustenta comunidade e comunhão. Um grupo pode reconhecer-se mediante os seus símbolos. O grupo pode crescer com a ajuda dos seus símbolos. O símbolo orienta até o transcendente. O símbolo pode transformar ao homem que vive com ele e no mundo dele. O símbolo parte do passado e impulsiona para o futuro. Não tem somente uma função retrospectiva, mas também prospectiva que ajuda a passar do estático ao dinâmico realizando transformações.
A função transformadora do símbolo nos leva a constatar que o símbolo recorda o passado individual e comunitário; ajuda ao homem a atualizar o passado e torná-lo frutuoso para si; é um desafio para o presente. Os símbolos mortos não têm valor para nós, mas o símbolo vivo atua no presente. Exige uma tomada de posição e conseqüências concretas; constitui uma esperança em vista do futuro. Atrai a todos nós e nos ajuda no processo de amadurecimento.
Fonte: Jornal Diocesano No Meio de Nós - Informativo da Diocese de Marília (SP) - Ano X - Nº 111 - Novembro/2007
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